Começou nesta quarta-feira, 7 de dezembro, em Montreal, no Canadá, a segunda fase da Conferência da Biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 15. O evento dará continuidade às negociações entre diversos líderes mundiais no intuito de firmar o compromisso de reverter a perda da biodiversidade e garantir o desenvolvimento sustentável.

A primeira fase da COP 15 foi realizada virtualmente entre os dias 11 e 15 de outubro de 2021. O local oficial foi a cidade chinesa de Kunming, onde foi aprovada a Declaração de Kunming, na qual os governos participantes reconheceram que a crise ambiental planetária está intimamente ligada à saúde humana e assumiram vários compromissos em busca da proteção da biodiversidade para garantir a saúde global.

O objetivo da Conferência é definir o Marco Global de Biodiversidade, um novo marco para conservação da biodiversidade com metas previstas para 2030 e 2050. Este documento estabelecerá um novo plano de ações para transformar a relação da sociedade com a biodiversidade. A primeira versão, aprovada na primeira fase do evento, contém 21 metas para 2030, dentre elas:

Conservar pelo menos 30% das áreas terrestres, marinhas e costeiras do mundo.

Restaurar pelo menos 20% de cada ecossistemas de água doce, marinhos e terrestres degradados, com atenção especial aos ecossistemas prioritários.

reduzir pela metade a taxa de introdução de outras espécies invasoras conhecidas ou com potencial

reduzir em pelo menos metade os nutrientes perdidos para o meio ambiente e em pelo menos dois terços os produtos químicos, em particular os pesticidas, prejudiciais à biodiversidade. Acabar com o despejo de resíduos plásticos.

Minimizar o impacto das mudanças climáticas na biodiversidade, contribuir para a mitigação, adaptação e resiliência através de soluções baseadas na natureza e enfoques baseados em ecossistemas.

Um aumento de 200 milhões de dólares nos fluxos financeiros internacionais de todas as fontes para países em desenvolvimento.

A partir dos compromissos definidos na COP 15, através deste marco serão definidas as orientações para ações e iniciativas que visem garantir a proteção da biodiversidade, inclusive políticas financeiras para alcançar este objetivo.

Assim, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) considera importante que os gestores municipais estejam atentos aos acordos firmados nos próximos dias, que nortearão as políticas ambientais nos próximos anos. Os compromissos que serão assumidos podem ser uma grande oportunidade para potencializar a Gestão Ambiental Municipal.